sexta-feira, 8 de julho de 2011

Religião


“A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”.


            Religião é algo sublime e tem por função sublimar nossa alma sofrida e cansada dos entreveros desfavoráveis do nosso dia-a-dia.
            Religião é uma forma de comungarmos com Deus e extrairmos Dele energias que nos pacificam, que nos fortalecem e fazem brotar em nosso íntimo a paz, a fé, o amor, a confiança, a resignação, a misericórdia e a esperança.
            Religião é o meio de nos religarmos a Deus e Nele obteremos as forças que nos faltam porque nos exaurimos por choques da lei das ações e reações.
            Religião é algo que deve exaltar em nosso íntimo o humanismo, a paciência e a compaixão.
            Religião não é um mercado de trocas, e sim, é onde nos ofertamos a Deus para que Ele nos acolha e vibre Sua paz e Sua alegria divinas em nosso íntimo.
            Religião é o meio de exaltarmos o Deus que vive em nosso íntimo e que religiosamente, nos torna sensatos, respeitosos, fraternos e amorosos.
            Religião não é lugar para fanáticos, revoltados, rebeldes, intolerantes e para racistas, pois o verdadeiro religioso vê todos como seus irmãos em Deus e vê tudo como criação divina.
            Religião é onde aprendemos a cultivar as virtudes e a combater os vícios.
            Religião é estar em paz com Deus, com seus semelhantes, e consigo mesmo, e extrair dela a força necessária para conviver com as dificuldades e superá-las.
            Religião é o refreador do instintivismo e da revolta íntima do ser diante do que não tem como dominar e subjugar à sua vontade.
            Religião é a aceitação das coisas como elas são e é a submissão às regras sustentadoras da convivência fraterna com os contrários.
            Religião é o exercício da fé pela fé, do amor pelo amor e da esperança pela esperança, sem que algo tenha que ser dado ou exigido em troca.
            Religião é o meio natural que temos à nossa disposição para podermos vivenciar o que temos de melhor, e que é nosso amor ao nosso Divino Criador.
            Religião é tudo isso e muito mais, pois o ser verdadeiramente religioso é um virtuoso e um humanista.
            Os sinônimos de religião são virtude e humanismo.
            Uma pessoa virtuosa é um humanista e é um religioso.
            Um humanista é um religioso e um virtuoso.
            Agora, religiosidade, virtude e humanismo não são o que apregoam os mercadores da fé de plantão, que exigem obediência, submissão e servidão aos seus interesses pessoais ou desejos de poder.
            Uma religião tem que trazer toda uma renovação da religiosidade, da fé e de expectativas para as pessoas, criando no íntimo delas e de “dentro para fora” de cada uma, uma base sólida de crença que a fortalece e a ajuda a suportar as dificuldades do dia-a-dia, assim como reúne com quem religiosamente é afim e que, reunidas sob uma nova doutrina, se fortalecem grupalmente e se auxiliam, superando muitos dos obstáculos, reais ou imaginários, que as enfraqueciam e as segregavam ou as isolavam.
Deus não fundou nenhuma religião na face da Terra, mas concedeu o livre arbítrio aos espíritos e aos homens para que estes, se insatisfeitos e descontentes com as que seguem, fundem novas religiões que os satisfaçam e torne suas religiosidades em contentamento e alegria, através da comunhão com Ele e Seus princípios divinos.
A base religiosa, os fundamentos e os princípios divinos naturais e espirituais estão à disposição de todos. E todas as religiões baseadas e fundamentadas Nele, com certeza prosperam e prosperarão na face da Terra e auxiliarão muitos no reencontro com Ele, o nosso Divino Criador e Senhor Deus.

“Para Deus não importa muito como O cultuam ou às Suas divindades, mas, sim, importa como fazem isso: com fé, muita fé mesmo”.

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