Olorum gera em Si mesmo uma qualidade Sua que é ordenadora de tudo e de todos, até mesmo de Sua geração divina.
Nessa Sua qualidade ordenadora, Ele gerou Ogum, que é em si mesmo essa qualidade divina de Olorum.
Ogum é sinônimo de Lei Maior, Ordenação Divina e retidão em todos os sentidos, porque é unigênita e gerado na qualidade ordenador, do Divino Criador.
Ele é a Ordenação Divina em si mesmo: ele ordena a Fé, o Amor, o Conhecimento, a Justiça, a Evolução e a Geração. Por isso está em todas as outras qualidades divinas.
Ogum, por ser unigênito e ser em si mesmo a ordenação divina, gera em si e de si.
Na sua geração em si, ele gera suas hierarquias. Na sua geração de si, ele gera sua qualidade à qual transmite aos seus filhos.
Sua qualidade ordena a evolução, e por isso ele é tido como o Senhor dos Caminhos (das vias evolutivas).
Seu outro aspecto divino é o de aplicador “religioso” da Lei Maior, e independe de nós para aplicá-la e atuar em nossa vida, pois basta sairmos do caminho reto para ser tolhidos pelas suas irradiações retas e cortantes.
Ogum é em si mesmo a qualidade ordenadora e a divindade aplicadora dos princípios da Lei Maior.
Ele é eólico e polariza com Egunitá. Orixá do Fogo e trono consumidor dos vícios e dos desequilíbrios.
Egunitá é uma divindade ígnea, consumidora dos seres desequilibrados.
Quando evocamos Ogum para atuar em nosso favor e nos defender das investidas dos seres desequilibrados, suas hierarquias policromáticas ativam seus pares opostos assentados nos pólos magnéticos negativos, ativos e cósmicos na Irradiação da Justiça Divina, cujos magnetismos são esgotadores dos desequilíbrios, das injustiças e do irracionalismo.
Então temos na Umbanda Egunitá, Orixá cósmica consumidora dos vícios e dos desequilíbrios, purificadora dos meios ambientes religiosos (templos), das casas (moradas) e do íntimo dos seres (sentimentos).
Egunitá é Orixá ígnea, de magnetismo negativo, seu fogo é cósmico e consumidor, enquanto o de Xangô é universal e abrasador.
O fogo de Xangô aquece os seres e os torna calorosos, ajuizados e sensatos.
O fogo de Egunitá consome as energias dos seres apaixonados, emocionados, fanatizados ou desequilibrados, reduzindo a chama interior de cada um (sua energia ígnea) a níveis baixíssimos, apatizando-os, paralisando-os e anulando seus vícios emocionais e desequilíbrios mentais, sufocando-os.
Egunitá é em si, esse fogo cósmico que está em tudo o que existe, mas diluído. Para ela atuar em nossa vida, não depende de nós, mas tão somente que nos tornemos “irracionais”, apassionados e desequilibrados.
« Ogum é a ordenação divina e a lei que rege a vida dos seres;
« Egunitá é a divindade cósmica da Justiça que polariza com Ogum e é em si mesma o aspecto punitivo da Lei Maior regida por ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário