quinta-feira, 18 de agosto de 2011

AS DIVINDADES DE DEUS


A palavra divindade significa algo Divino e é aplicada aos seres que são, em si, mistérios de Deus. Logo, uma divindade é um ser Divino e um mistério de Deus.
Elas podem ser denominadas anjos, arcanjos, serafins, tronos, orixá, etc., e podem ter nomes bem humanos, tais como: Anjo do Amor, Arcanjo Miguel, Serafim Verde, Trono da Fé, Oxalá, etc.
Aí temos várias classes de divindades, cada uma com um nome formado por palavras humanas. Os nomes foram dados a elas por pessoas que as identificaram a partir do que viram nelas ou delas sentiram.
Nós temos uma distribuição para cada classe e as denominamos segundo nosso entendimento humano das coisas Divinas.
Agora, caso queiramos ter uma noção do que são as divindades de Deus, então temos que abordá-las da seguinte forma:
«  Uma divindade é um ser gerado em Deus; qualificado por Ele com uma de Suas qualidades; amadurecido em seu interior; divinizado dentro d’Ele e exteriorizado por Ele, já como um ser gerador e irradiador natural da qualidade Divina que o distingue e o torna o que é em si: uma divindade de Deus e um mistério em si mesmo.
«  Toda divindade já era o que é antes de ter-se deslocado do interior de Deus e ter passado a viver no seu exterior, no qual por ter u ma qualidade especificamente Divina, também tem uma função especifica onde quer que venha a estar.
«  Não importa que ela se desloque ou seja deslocada por Ele, pois sempre será o que é desde que foi gerada n’Ele: sempre será uma divindade.
«  Dentro de uma mesma classe de divindades, nós a encontramos em todos os níveis da criação, e se não podemos visualizá-las no macro por causa da nossa limitação visual, no entanto podemos ter uma idéia de como são porque nos é possível ver as divindades locais.
«  Nós, vendo uma divindade local (ou menor), podemos ter uma idéia de como são as divindades médias, maiores ou celestiais, porque em uma mesma classe todas são iguais.
«  Uma divindade não é onipotente, onipresente, oniquerente e onisciente em todos os sentidos, em todos os aspectos e em todos os níveis da criação porque essa atribuição é exclusiva de Deus, e só d’Ele.
«  Mas uma divindade – seja ela menor, média ou maior – no sentido, no aspecto e no nível vibratório em que atua, é sua autoridade máxima porque é em si a representante exclusiva de Deus. E em si é onipotente, onisciente, onipresente e oniquerente porque ali ela é a potencia Divina d’Ele.
«  As divindades são exteriorizações de Deus e podemos vê-Lo nelas, já que esta são, em si, seus aspectos exteriores e são as exteriorizadoras dos seus aspectos Divinos e internos.
«  Nós não devemos separar uma divindade menor da sua igual média ou maior, pois são uma mesma coisa, apenas individualizadas nos seus níveis vibratórios correspondentes.

Com isso entendido, saibam que Deus tem em cada uma de suas divindades uma de suas feições Divinas e Ele, que é infinito em tudo, também o é nas suas feições, pois o número de suas divindades é infinito e não se  limita só as que são conhecidas no plano material da vida, nesse nosso abençoado planeta Terra, e que são as representantes Divinas aqui, pois em outros planetas há outras, específicas para cada um deles.
Tal como as divindades de Deus, que são suas exteriorizadoras Divinas, nós somos seus exteriorizadores, humanos, e podemos nos divinizar, caso sejamos humanos em todos os nossos sentidos capitais, que são: o sentido da Fé, o sentido do Amor, o sentido do Conhecimento, o sentido da Justiça, o sentido da Lei, o sentido da Evolução e o sentido da Geração.
E se ousamos dizer isto, é porque Deus nos gerou no seu íntimo e nos exteriorizou (conduziu-nos ao seu exterior) já como Seus (Suas) filhos(as) humanos(as) com sua herança genética humanística, a qual, por ser uma de suas qualidades vivas, nos tornou Divinos assim que Ele nos gerou.
Divinizemo-nos através do nosso humanismo, pois só assim nós também nos tornaremos em nós mesmos as divindades de Deus, o nosso Divino Criador.


(Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada: a religião dos mistérios um hino de amor a vida. Rubens Saraceni – São Paulo: Madras, 2008)

Um comentário:

  1. Hoje não trago perguntas mas sim agradecimentos.
    Está é uma mensagem que deve ser mais difundida, é preciso tornar abrangente a consciência do divino, do amor de Deus e da felicidade que isto representa.
    A criação é bela e harmoniosa. Deve-se valorizar, e principalmente, aprender a admirar a criação. Do pequenino ao grandioso, do bruto ao delicado, do áspero ao suave, tudo vai apresentar, mesmo em que uma centelha, a figura de nosso Pai Maior.
    É com a lição que aprendi de um amigo negro velho que termino minha singela mensagem:
    "A Umbanda é Amor, Caridade e Humildade. Precisamos ser humildes para que se possa fazer a caridade. É preciso fazer a caridade com amor, pois sem este ela de nada valerá. É com amor ao próximo e a criação que nós nos aproximamos de Olorum...".

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